Segundo o Sindicato das Empresas de Garagens e Estacionamentos (Sindepark), devido à mudança de comportamento dos consumidores houve queda superior a 96% no fluxo de carros em estacionamentos, principalmente em grandes centros como São Paulo. Confira a seguir como a pandemia de coronavírus está atingindo o setor e quais medidas estão sendo adotadas pelas empresas para minimizar os impactos.

Os impactos da pandemia

A maior parte do faturamento dos estacionamentos provém de mensalistas que trabalham no comércio e precisam guardar seus carros ou motos, mas muitos cancelaram a mensalidade por conta do fechamento das lojas durante a pandemia. Desse modo, os estacionamentos quase zeraram a receita. O que resta agora é se reinventar para manter clientes esporádicos. Além disso, as pessoas estão saindo menos de casa para fazer compras ou para atividades de lazer.

Clientes estão mudando seus hábitos

De acordo com uma pesquisa realizada pela Veja São Paulo, 60% dos clientes preferem estacionar o carro em vez de deixar que o funcionário do estacionamento realize essa atividade, principalmente aqueles considerados como grupo de risco – idosos, grávidas ou portadores de doenças crônicas.

Quando é o manobrista que estaciona o carro, ele higieniza o volante, o câmbio, as maçanetas e tudo em que tocou. Algumas empresas também adotaram o uso de luvas para esses profissionais, intensificando as medidas de proteção. Além disso, o uso de álcool em gel é obrigatório antes e depois de sair do carro. As empresas estão utilizando em todo o estacionamento materiais informativos com recomendações básicas e instruções de proteção.

Medidas de prevenção adotadas pelos funcionários dos estacionamentos

  • Utilizar máscara e luvas durante todo o período de trabalho;
  • Utilizar álcool 70% para limpar áreas de contato como volante, câmbio, assento e cinto de segurança;
  • Manter os vidros abertos até que o manobrista estacione o carro;
  • Higienizar frequentemente as mãos com água e sabão; caso não seja possível, utilizar preparação alcoólica a 70% e friccionar por 30 segundos;
  • Adotar rigorosa etiqueta respiratória, cobrindo o nariz e a boca com o braço ou com lenço descartável ao espirrar ou tossir; após o uso, jogar o lenço em lixeira com tampa; evitar tocar os olhos, nariz e boca e higienizar as mãos na sequência;
  • Evitar contato físico direto, como abraços e apertos de mão;
  • Manter no mínimo 2 metros de distância de outras pessoas.

Adotando as medidas corretas de higiene e promovendo uma mudança de hábitos, o setor acredita que vai conseguir enfrentar a crise gerada pelo novo coronavírus. Além disso, as empresas estão reunindo outros esforços para que os funcionários não sejam afetados e os postos de trabalho sejam mantidos.

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2 Comentários
  1. Pois é… Tenho 68 ano, arritmia, pressão alta e, burramente, fumei por mais de 40 anos. Grupos de risco, no plural. Depois de muito tempo, precisei deixar meu carro num estacionamento no centro de Taubaté. Quando o manobrista chegou com o ticket, sem máscara, perguntei se eu mesmo poderia colocar o carro numa vaga e levar a chave. Ele, demonstrando absoluta falta de respeito aos protocolos e aos clientes, perguntou se tinha ouro dentro do carro… respondi que a minha vida valia mais que ouro… só aí ele tentou me indicar um vaga… e fui embora… estacionei numa rua conhecida, um pouco longe de onde eu precisava ir… mas nunca mais volto a esse estacionamento do qual, antes da pandemia, era cliente assíduo… Acho que não bastam as medidas de higiene básicas, nesse caso. Limpar volante, câmbio e freio de mão não são ações suficiente já que o manobrista se senta no seu banco, abre e fecha a sua porta, pisa nos pedais, e por aí vai… Para nós, do grupo de risco, o ideal é simples: aponte uma vaga, eu pego o ticket, uso álcool em gel e levo a chave. Simples assim.

    • Olá, José. Lamentamos que você tenha passado por esta situação complicada, realmente as pessoas que estão no grupo de risco precisam tomar o dobro de cuidado. O indicado é escolher sempre o estacionamento que está seguindo as regras estabelecidas pelo Ministério da Saúde.