As empresas que estão produzindo veículos autônomos terão que trabalhar muito bem a segurança dos automóveis, pois esse é o principal aspecto que deixa as pessoas inseguras em relação aos novos modelos que já entraram no mercado em alguns países, como Alemanha e Estados Unidos, e pretendem entrar no mercado brasileiro dentro de alguns anos.

Alguns pesquisadores defendem que a maioria dos acidentes com carros acontece devido a falhas humanas.Nesse caso, carros autônomos seriam mais seguros para as pessoas. Há também psiquiatras que defendam que embora supercomputadores sempre ultrapassem o cérebro humano em termos de velocidade, nosso cérebro consegue ser mais complexo em sua capacidade de repriorizar as entradas de dados de múltiplas fontes, ou seja, quando uma entrada se torna menos relevante, nosso sistema cognitivo muda sua atenção para outra mais relevante.

A questão é que um carro autônomo pode ser tão perigoso quanto um carro manual, pois se o veículo for atacado e controlado remotamente por algum hacker, pode se tornar um grande risco, sendo utilizado para roubo de mercadorias, sequestro ou como uma arma em potencial, podendo causar acidentes. A questão da segurança em automóveis autônomos é complexa, e as montadoras precisam investir em parcerias com empresas de TI, pesquisadores e profissionais da área para garantir o desenvolvimento de um veículo seguro para os usuários.

Caso Uber

Os consumidores ficaram ainda mais receosos com os carros autônomos quando em 2018 um acidente ocorreu com um modelo autônomo da Uber em teste na cidade de Phoenix, no Arizona (EUA). O utilitário esportivo Volvo XC90, operado de forma autônoma pela Uber, atropelou uma mulher de 49 anos que estava empurrando uma bicicleta fora da faixa de pedestres. O carro autônomo estava com um motorista no interior do veículo para agir em caso de imprevistos, mas ele estava assistindo a um seriado no celular no momento da falha dos sensores e não esboçou nenhuma ação para evitar o acidente. A mulher atropelada foi levada ao hospital, mas infelizmente acabou falecendo.

Especialistas acreditam que o Brasil está próximo de utilizar veículos autônomos para o transporte de mercadorias, como é o caso dos drones, que já estão sendo testados para entregar pedidos de delivery. Mas antes desses modelos serem utilizados, é preciso regulamentar essas atividades e analisar muito bem o quesito segurança.

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